MP denuncia integrantes de facção criminosa que atua em Bangu
terça-feira, 3 de julho de 2012O Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou à Justiça 13 homens acusados de tráfico de drogas e associação para o tráfico em comunidades localizadas nos bairros de Manguinhos, Bonsucesso, Bangu e Santa Cruz. Também foi requerida a prisão preventiva dos denunciados. Através de monitoramento telefônico por escutas autorizadas pela Justiça e diligências, foram identificadas tarefas exercidas por cada um dos denunciados.
O grupo age em áreas de controle territorial da organização criminosa autodenominada Comando Vermelho. A investigação foi realizada por policiais civis da 21ª (Bonsucesso). A denúncia subscrita pela Promotora de Justiça Andréa Rodrigues Amin, em atuação na 11ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, foi distribuída para a 42ª Vara Criminal da Capital.
De acordo com a denúncia, o grupo possui arsenal composto por fuzis, granadas e pistolas. “Os denunciados aterrorizam a população que vive nas áreas por eles dominadas e controla toda sorte de atividades ilícitas praticadas nos limites territoriais das comunidades por eles controladas, aqui incluindo roubos e homicídios de integrantes de grupos rivais. Para rechaçar as incursões das forças de segurança pública, os denunciados se valem de verdadeiro arsenal de guerra e usualmente montam bloqueios para impedir o trânsito das viaturas oficiais”, narra trecho da denúncia.
Dentre os denunciados está Leonardo Farinazo Pampuri, conhecido como “Léo Barrão”. Segundo as investigações, ele integra a cúpula da organização criminosa, sendo o responsável pela “caixinha do comando” – distribuição do dinheiro arrecadado entre os líderes. Léo Barrão, ainda de acordo com a denúncia, exercia o comando do tráfico de entorpecentes no Complexo de Manguinhos, para onde mudou sua base de atuação após a tomada do Complexo do Alemão, e chefia, à distância, o tráfico de drogas da Vila Kennedy. Ele está preso por condenação em outro processo. Dentre os demais acusados, há egressos de outras áreas onde já foram instaladas Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs).
Fonte: O Dia