Diretor de Bangu 6 é afastado por suspeita de propina
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012Um “mensalão da cadeia” pode ter derrubado o diretor e mais dois auxiliares do Presídio Lemos de Brito (Bangu 6). O diretor Ronaldo Verdiano é acusado de receber R$ 5 mil por mês para dar regalias ao preso Roberto Silva Teixeira, o Betão, ex-assessor parlamentar preso pela participação na morte de Renato do Posto, político de Guapimirim, em 2009.
O subdiretor da unidade, um sargento PM identificado como Souza, é suspeito de cobrar R$ 3 mil de propina e o chefe da segurança da unidade, identificado como Amauri, R$ 2 mil.
Denúncia de preso
O esquema foi denunciado por Betão, que teria perdido o direito a celulares, computador e outros “mimos” quando uma outra autoridade, hierarquicamente acima de Verdiano, teria cobrado R$ 10 mil de propina para manter os favores. Betão teria tentado negociar o novo “mensalão” para R$ 8 mil, mas a oferta não teria sido aceita.
A denúncia, à qual O Dia teve acesso, relata que por não pagar a cobrança adicional, Betão teria sido maltratado em Bangu 6, com surras, alimentação irregular e isolamento sem motivo.
Com o auxílio de familiares e representantes de entidades de Direitos Humanos, Betão conseguiu ser transferido para Bangu 1, de onde acionou a Corregedoria da Secretaria de Administração Penintenciária (Seap).
Bangu 6 está sob intervenção da Seap, que admitiu, em nota, que Ronaldo Verdiano foi exonerado do cargo depois de denúncias e que há uma sindicância interna apurando os fatos. Advogados da família de Renato do Posto acompanham o caso.
Fonte: O Dia On Line